Estamos próximos de completar o segundo ano desde que o mundo entrou em “quarentena”. O vírus COVID-19 nos mostrou as vulnerabilidades através de uma crise nos sistemas de saúde, reforçou a da economia, colocou à prova gestores e líderes operacionais e expos uma transformação digital não tão transformacional assim: lojas, shoppings e comércios em geral foram forçados a fechar, fábricas fechadas e cadeias de suprimentos sofreram graves interrupções, profissionais foram migrados para “home-office” e o que parecia ser uma redução de custo com aumento de eficiência, tornou-se um desafio para fortes. A crise atual ainda não passou, mas passará; as crises vêm e vão, mas a experiência e lições aprendidas deveriam ficar. E quais as lições aprendidas que tivemos, e continuaremos ter com ela?

Em gestão de riscos passamos a entender a diferença entre o que é normal e o que é importante, mas ainda não seria urgente … até que algo realmente catastrófico aconteça e de repente tomamos a noção do que realmente é urgente, certo?…. e é aí que o urgente, que até então só era importante, nos leva ao pânico…foi o que aconteceu com muitos gestores na neste início da Era COVID. Após a tempestade e a fase de adaptação inicial, como podemos garantir que não vamos nos acomodar novamente depois que a crise diminuir ou tornar-se controlável? 

Aprendendo com uma crise

Claro que tem sido terrível ver como a crise do COVID-19 se espalhou, afetou e tirou a vida de muitas pessoas, mas também, ela nos trouxe uma oportunidade ímpar de rever nossos problemas e resolvê-los, bastando para isso não ser passivo, resistente ou acomodado, quem ainda não entendeu que o mercado mudou, meus lamentos, pois não sobreviverá nesta fase em transformação. Seja você uma pessoa física ou jurídica.

Quais lições podem ser aprendidas com a atual ruptura relacionada à pandemia e quais medidas as empresas podem tomar para que possam reagir e responder mais rapidamente no futuro? A resiliência da cadeia de valor é a capacidade de uma organização de absorver de forma otimizada as interrupções que acontecem em qualquer lugar de sua rede. Ou seja, trata-se de uma melhor preparação e resposta adequada em caso de crise para limitar o impacto negativo e voltar ao nível anterior – ou melhor ainda – de desempenho o mais rápido possível.

A meta é desenvolver uma metodologia que permita às empresas, não apenas identificar suas vulnerabilidades potenciais, mas também, avaliar se estão bem-preparadas para grandes interrupções em cada uma das pontas de sua cadeia de valor e outras situações de crise, ou seja, ter planos de contingência eficazes. A base serão os dados coletados entre os processos e analisados ​​como base para o desenvolvimento de um painel que sirva como uma plataforma de benchmarking. 

Quando olhamos com atenção as interrupções ou oportunidades em sua cadeia de valor, podemos identificar diferentes caminhos de melhoria.

Por que não aprendemos?

Para começar, existem enormes diferenças entre as empresas. Os riscos dependem de sua cultura, maturidade de gestão, seus mercados e produtos, região etc.

Empresas que foram proativas e estão na vanguarda da gestão de suas cadeias de valor, têm mitigado os riscos. Outras empresas ainda esperam que não sejam afetadas ou até negam que serão afetadas. Então tá

E agora? Iremos continuar lutando contra incêndios operacionais quando esta fase mais aguda da crise passar, ou vamos começar a implementar um gerenciamento de risco profissional? É importante que as organizações executem mudanças duradouras em seu estilo de vida e se tornem resilientes, mas a Resiliência da Cadeia de Valor é um conceito abrangente e complexo. 

O melhor lugar para começar é com as lições aprendidas? – Seguindo o senso de urgência, talvez a Cadeia de Suprimentos – numa abordagem mais ampla vista como Strategic Sourcing e SupplyChain – que resultará na entrega de seu produto ou serviço ao cliente, que demonstre o que funcionou e o que não funcionou e qual era a expectativa e foi a experiência do cliente?

Nos últimos 30 anos, cadeia de suprimentos passou por várias mudanças transformadoras. O que antes era uma função de logística puramente operacional que se reportava a vendas ou manufatura e focada em garantir o fornecimento de linhas de produção, prazo de entrega e percepção dos clientes tornou-se um indicador estratégico. O foco da função de gerenciamento da cadeia de suprimentos mudou para processos de planejamento avançado, como planejamento analítico de demanda ou planejamento integrado de vendas e operações (S&OP), que se tornaram processos de negócios bem definidos em muitas empresas, enquanto a logística operacional muitas vezes é terceirizada para provedores de logística: foco. A função da cadeia de abastecimento garante que as operações sejam bem integradas, desde os fornecedores até os clientes, com decisões sobre custo, estoque, demandas etc., é o Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos com visão ponta a ponta.

A digitalização, gerada pela onda da transformação digital mostrou interrupção em seus processos e passou a exigir das empresas repensarem a maneira como projetam suas plataformas tecnológica e operacional. Ao mesmo tempo, as ansiedades e expectativas dos clientes estão crescendo: as tendências online recentes levaram a expectativas crescentes de serviço, qualidade e tempo de entrega combinadas com pedidos muito mais detalhados e/ou personalizado. Além disso, uma tendência definitiva em direção a uma maior individualização e personalização está gerando um forte crescimento e constantes mudanças no portfólio de SKU. A transparência habilitada pelo online e o fácil acesso a uma infinidade de opções sobre onde fazer e o que comprar impulsionam a competição das organizações em um mercado ainda em transformação.

Para acompanhar essas tendências, lidar com as mudanças de requisitos e permitir utilizar uma ampla gama de novas tecnologias, as organizações precisam se tornar muito mais rápidas e precisas para isso devem ser mais simples, integradas e automatizadas.

 

por Carlos Magalhães – Xcellence & Co.

carlos.magalhaes@xcellence.com.br

 

Xcellence & Co.

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