A vida é importante.

Segundo o pensamento Aristotélico, o que caracteriza a alma humana é a racionalidade, a inteligência, o pensamento, mas, desde sempre, testemunhamos injustiças contínuas, violências, racismos e destruição do nosso próprio e único alcançável planeta com atos profundamente arraigados em nossa breve história do tempo. Muitos justificam como “somos uma raça ainda em desenvolvimento e temos muito a aprender”, mas por mais tempos e sapiens que tenhamos por que aprendemos tão pouco a nos respeitar e a respeitar o planeta? Diariamente mortes estupidas como as mais recentes e anunciadas pela mídia pela estupidez de atos humanos como a morte de George Floyd e outros milhares que morrem desconhecidos ou ignorados, diariamente, por racismo, violência, ódio, preconceito e abandono e nestes dois últimos incluo a pobreza como parte delas.

Para nós brasileiros, em particular, comparando-nos ao demais países, é um tanto contraditório e constrangedor, pois somos reconhecidos por ser acolhedor, um país formado por diversas culturas, incluindo as nativas indígenas, então, por que nos vemos assim tão diferentes? Porque nos medimos pela cor, pelo dinheiro ou pelo privilégio de um status social, porque isto é fator de não precisar ter respeito mínimo pela dignidade de uma pessoa? Quem definiu esse critério? Seria a natureza humana?

A história da jornada humana, documenta grandes triunfos da humanidade e grandes vergonhas e momentos de desesperos. Essa é uma parte essencial de nossa existência nos esforçamos para entender melhor o mundo em que vivemos e o nosso papel nele, e isso inclui explorar nosso próprio passado e como decidimos viver hoje. Acredito que é difícil para um indivíduo – ou um país – evoluir com tamanhas desigualdades e preconceitos, como podemos ser o “país do futuro” se escondemos essa verdade e realidade debaixo do tapete todos os dias. Quando vamos nos respeitar e respeitar a vida, independentemente de sua classe social e diversidade – entendida resumidamente como a variação de preferências religiosas, origens étnicas, costumes e a cor da pele entre as pessoas.

Sempre podemos e devemos fazer mais como povo e como raça humana. Precisamos manter um nível alto de excelência e inclusão, mas para isto acontecer, precisamos ser humildes e olhar para dentro e abordar nossos próprios preconceitos. Precisamos ter a coragem de mudar o status quo – para fazer as coisas de maneira diferente da que fizemos antes. E mudar, evoluir, crescer como pessoa, nação, raça humana.

Nas divisões de distância, origem, etnia, idioma e cultura – e apesar do isolamento e do estresse de uma pandemia – compartilhamos nossas histórias, experiências, aprendizados e ideias. Essas histórias nos ensinam, estimulam nossos modos de pensar e ajudam a desconstruir retóricas e estereótipos prejudiciais ou a reforça-los.

Há 3 perguntas existenciais que o ser humano faz e ainda não temos uma resposta:

  • Qual o sentido da vida?
  • Deus existe?
  • Estamos sozinhos no universo?

Não vou me arriscar discursar sobre as duas primeiras, por não ser o foco da matéria e para não polemizar ainda mais, mas vou pedir uma reflexão sobre a terceira com uma charge:

por Carlos Magalhães – Xcellence & Co.
carlos.magalhaes@xcellence.com.br