O Ano de 2021 refletiu os caminhos que deveremos recorrer para ressurgir da primeira grande crise de nossa geração, a COVID 19 e suas consequências.

 

A crise da Covid-19 e as perturbações políticas, econômicas e sociais que ela causou estão mudando profundamente o contexto tradicional para a tomada de decisões e nos convidando a reaprender caminhos e renovar a forma como agimos até agora. As inconsistências, inadequações e contradições de múltiplos ecossistemas – desde saúde, financeiro, negócios até energia e educação – estão mais expostas do que nunca em um contexto global de preocupação com as vidas, meios de subsistência e o planeta. Os líderes se encontram em uma encruzilhada histórica, gerenciando as pressões de curto prazo contra as incertezas de médio e longo prazo.

A recuperação econômica global continua e continuará ainda por alguns anos e apresenta desafios singulares para a política, saúde e econômica das empresas e países. Como efeito de um ano emergente da pandemia observamos disparidades na recuperação prevista entre os diversos grupos analistas, e algumas similaridades entre as economias avançadas e os países em desenvolvimento de baixa renda: a inflação aumentou acentuadamente nos Estados Unidos e em algumas economias de mercados emergentes e com a flexibilização das restrições, a demanda acelerou, mas a oferta tem reagido de forma mais lenta.

Em 2022, ainda seremos desafiados a fazer escolhas difíceis. Para fortalecer as perspectivas econômicas globais, será necessário um grande esforço multilateral de políticas sobre a distribuição de vacinas, a mudança do clima e a liquidez de nossa economia durante um período eleitoral que deverá ser muito polarizado e agressivo.

A VERDADEIRA TRANSFOMAÇÃO DIGITAL TERÁ COMO FOCO O DESENVOLVIMENTO HUMANO

Em 2022, previsões informam que 60% do PIB global será digitalizado. Ainda hoje, apenas 45% das pessoas confiam na digitalização da economia, as demais 55% estão preocupadas em como sobreviver ou melhorar suas vidas.

Seria a criação de um novo valor econômico, mais e novos empregos, produtos, serviços e mercados que contribuiriam para a sustentabilidade das pessoas, empresas e nações com um valor social mais responsável?

Ao mesmo tempo, também cresce a compreensão do público sobre os riscos potenciais, em termos de privacidade, segurança e trabalho.

A digitalização está reescrevendo as relações empresariais e de trabalho – mudando a relação entre os indivíduos e os estados e indivíduos e empresas. Os governos podem agir rapidamente para capturar ganhos de produtividade e oferecer melhorias em todos os seus serviços públicos, oferecendo maior qualidade de vida e saúde para a sua população e um estado mais eficiente.

Do ponto de vista empresarial, o primeiro desafio será imediato e existencial. A digitalização reduz barreiras geográficas e abre a possibilidade de novos modelos de negócios mais eficientes, híbridos e que podem gerar impactos econômicos e psicossociais em seus colaboradores devido ao isolamento.

A digitalização acabará por remodelar os mercados, serviços públicos e o papel das empresas de uma forma que ainda não é totalmente clara. Os modelos de negócios irão evoluir rapidamente, e plataformas e ecossistemas compartilhados já estão surgindo.

Em muitas questões, as empresas hoje são cada vez mais questionadas sobre seu papel na sociedade e no meio ambiente. No contexto digital, as responsabilidades das organizações como os principais administradores de nossos dados, ou como fornecedores de dispositivos conectados, nos quais confiamos para segurança, também estão sendo questionados. Como toda empresa tornar-se-ão uma empresa de tecnologia, essas novas responsabilidades afetarão todas as organizações.

O que isso significa é claro: devemos desenvolver nosso entendimento e práticas sob o ponto de vista de uma multidisciplinaridade de ações integradas e interligadas. Devemos nos engajar rapidamente em programas de transformação e inovação. Devemos encorajar e participar de um diálogo com várias partes interessadas sobre os impactos sociais e nosso papel na modelagem de resultados positivos para um mundo mais justo e sustentável, caso contrário seremos acolhidos por novas crises, agora ambientais e talvez, com reflexos ainda mais impactantes que o da COVID e suas variantes que já surgiram e ainda surgirão na vida do cidadão do planeta Terra. A crise COVID nos mostrou que ninguém, independente de sexo, classe social ou riqueza de uma nação será isenta dos reflexos dos não cuidados de nosso planeta.

Espero que este artigo dê uma contribuição útil e seja um bom ponto de partida para melhorar a compreensão, na tomada de decisão de seus passos em 2022 e permitir que cada pessoa, empresa e governo considere as lições aprendidas nestes dois últimos anos e contribuam positivamente para um 2022 com uma economia digital confiável, inclusiva e sustentável.

2022 chegou e que tenhamos sucesso nesta jornada em uma Era em Transformação.

 

por Carlos Magalhães – Xcellence & Co.

carlos.magalhaes@xcellence.com.br

 

Xcellence & Co.

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