Após 2 anos de mudanças contínuas causadas nas organizações, em especial na força de trabalho provocadas pela pandemia do COVID-19, várias discussões surgiram de como poderemos orquestrar as relações trabalhistas que devem considerar a integração entre muitas funções de negócios e busca da geração de valor ao negócio.

 

Em organizações com nível de maturidade mais definido, vemos algumas empresas mudando as práticas básicas de gerenciamento sobre como acessam, engajam e desenvolvem os trabalhadores; vemos líderes se adaptando a uma força de trabalho em constante mudança, onde eles têm menos colaboradores e mais controle. Já podemos observar casos que de 30% a 50% de uma organização é composta por trabalhadores temporários e terceiros para fornecer alguns de seus serviços mais essenciais. Por outro lado, como as leis não conseguem acompanhar o ritmo da mudança, muitas empresas têm dificuldade em gerenciar tais trabalhadores temporários e terceiros, e com as empresas cada vez mais confiando em contratos de curto prazo para serviços críticos.

 

A questão cultural também tem sido discutida: os colaboradores externos devem estar inseridos na cultura corporativa existente? As discussões sobre os princípios e práticas de diversidade, equidade e inclusão se aplicam aos trabalhadores externos?

 

Essas discussões conduzirão ao futuro da força de trabalho. Uma estrutura que seja capaz de envolver e administrar uma organização com uma ampla gama de trabalhadores interdependentes, incluindo freelancers, trabalhadores temporários, contratados de longo prazo, terceiros e organizações de serviços profissionais, além de funcionários tradicionais. Isto refletirá mudanças significativas nas práticas de gerenciamento, tecnologia, arquiteturas de integração e abordagens de liderança. 

_____________

Se você quer construir uma empresa mais fluida, além da simplificação e padronização dos processos, você precisa entender onde essas pessoas se sentam e como elas trabalham com você, então, você também precisará incluir a flexibilização da operação.

 

A maioria das empresas sabe muito bem como gerenciar sua força de trabalho interna, mas como estender a gestão e aplicar esse conhecimento à colaboradores externos da empresa. Simploriamente alguns responderão: “Basta colocar um indicador neles”, e, em seguida ouvirão, qual indicador? Como medir e comparar o desempenho e valor adicionado do terceiro com um interno? 

 

Existe uma definição muito clara do que é um funcionário, mas o que é uma ‘força de trabalho’? É um conceito mais amplo; como você derruba algumas das barreiras que existem para gerenciá-lo como um grupo coeso?” Além das questões legais e regulatórias, as expectativas dos trabalhadores externos são diferentes da equipe interna, a mais básica fica em torno da tríade: remuneração, prazo do serviço e escopo do trabalho. E daí, surgirá novas perguntas: Como você garante que eles estejam conectados ao propósito da sua empresa? Como integramos as equipes para termos mais confiança nos resultados, no prazo de entrega, no suporte, no desenvolvimento certo para todos. É um desafio e uma oportunidade.

 

Acredito que orquestrar esse ecossistema requer um novo conjunto de práticas de gestão, abordagens de liderança e outras mudanças culturais. Não será uma mudança sutil, será radical. Líderes terão que aprender maneiras diferentes sobre como gerenciar suas equipes subordinadas e sobre como o trabalho deve ser realizado, mas também alterando seus comportamentos de acordo com a estratégia e a origem de sua equipe.

 

por Carlos Magalhães – Xcellence & Co.

carlos.magalhaes@xcellence.com.br

Xcellence & Co.

Transformar suas Ideias em Valor, mas também ajudá-los a Superar seus Desafios, SEMPRE.